Do silêncio da queda ao florescer da vida: ipês são replantados no Convento São Francisco

Em fevereiro deste ano, a chuva forte e repentina que caiu sobre Anápolis trouxe um cenário que, à primeira vista, parecia apenas de perda. Duas árvores do Convento São Francisco de Assis, em Anápolis, já fragilizadas pelo tempo, tombaram. Ao caírem, levaram consigo outras ao redor, abrindo clareiras inesperadas no jardim. Mais do que um simples acaso da natureza, aquele dia nos recordou que, na criação, assim como na vida, existem momentos em que a força dos ventos e das tempestades nos pega de surpresa, deixando marcas e silêncios.

Hoje, 8 de agosto, esse espaço foi preenchido por um novo gesto de cuidado: Frei Rogério Constantino, Frei Ronildo Arruda e Frei Lucas Izaqueu, junto com alguns colaboradores da Sede Provincial, plantaram ipês amarelos em torno do convento, selando um compromisso que vai além da reposição de árvores. Foi um ato inspirado pela Justiça, Paz e Integridade da Criação (JPIC), que nos chama a reconhecer que toda vida é dom e merece ser cultivada.

O plantio é também um ato de fé no futuro. Os ipês, que hoje são apenas mudas frágeis, no tempo certo se encherão de flores, transformando o cenário e colorindo o espaço que um dia foi marcado pela queda. É assim que a natureza nos evangeliza: lembrando que não existe fim que não possa dar lugar a um novo começo, desde que haja cuidado, paciência e amor pela Casa Comum.

Como ensinava São Francisco de Assis, tudo o que existe carrega em si um laço de fraternidade. As árvores que se foram cumpriram seu tempo; as que chegam agora nos convidam a acreditar no ciclo da vida e na esperança silenciosa que floresce quando mãos humanas se unem ao trabalho do Criador.

Que estes ipês, assim como os outros já plantados, floresçam como testemunho de que o cuidado e a fraternidade são sementes capazes de transformar o mundo.

Equipe de Comunicação Provincial